terça-feira, 7 de junho de 2011

como eu havia dito,

vocês vão ler muito disso por aqui.

então. os ratos foram sacrificados.eu ja tinha lido a respeito, em locais informais, inclusive, como fóruns e tal.
só que assistir a ação acontecendo é oooooutra coisa.

na teoria tudo ótimo: segurar o rato pela nuca, como se fosse filhote de cachorro, injetar o anestésico entre a virilha e a barriga do rato, com a agulha posicionada para cima. o animal sente apenas a picadinha e depois morre por parada respiratória. não tão instantaneamente, mas praticamente indolor.

até aí tudo ok.

só que o rato sente medo. muito medo.
treme, guincha,se encolhe, até sente dor de barriga e faz coco.
o rato sente dor psicológica.

e eu fiquei muito triste vendo isso acontecer.
to triste até agora.

não é pelo animal morrer ou sentir alguma dor física.
o que está me fazendo mal é a situação psicológica, o desespero pelo qual eles passam.

duas pessoas já me falaram hoje que os animais sabem quando vão morrer. vaca, porco quando vai pro abate.
e o instinto animal de sobrevivência predomina nessas situações.

meu pensamento ta indo loooonge. até em eutanásia eu já cheguei.
mas vou desmembrando os raciocínios aqui com o tempo.

social.

hoje conheci novos colegas de trabalho.
eles no canto deles meio alheios a minha presença, eu no meu canto... mas rolou uma empatia desde o início.
logo de cara soube que são super prestativos. quem nos apresentou fez uma boa propaganda deles.
tinha certeza que com o passar do tempo, o que deveria ser uma relação estritamente profissional, se transformaria em amizade.

só que a convivência durou pouco.
eles morrerm, todos.
hoje mesmo.
alguns minutos depois de sermos apresentados.

eles eram ratos de laboratório.

e eu ainda vou falar muito disso por aqui.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

ajustes.

a difícil tarefa de se ajustar a dinâmicas diferentes de trabalho na mesma área.

eu até me acho uma pessoa "maleável". que tem um mínimo de jogo de cintura pra contornar situações adversas.
o problema é fazer isso sem se machucar, sem ir contra o que você acha mais certo.

o caminho do meio.
o equilibrio perfeito.
sempre o mais difícil de conseguir.
é fácil radicalizar.

o ajuste fino é que leva tempo e dedicação. e meditação pra não surtar no percurso ;)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

voltei.

último post em janeiro.
a residencia acabou em fevereiro.
achei que tinha terminado também o que escrever por aqui.

mas não.

eu contava as historias do hc, os fatos curiosos e até tristes. as broncas e os "tocos". as vezes, pra quem lia, eu poderia estar desgostosa com o hc.
devo admitir, nem tudo foram flores.
mas desgosto MESMO eu to tendo agora.

o mercado não absorve os profissionais de odontologia que o hc solta todos os anos.
não saimos especialistas em pacientes com necessidades especiais. saimos clínicos gerais.

"não precisa fazer um monte de perguntas pro paciente, seja prática"
você estudou dois anos que nem um filhodaputa pra ouvir isso depois.
pra ser chamada de negligente por não ter como conduta trocar todas as restaurações que vc vê pela frente.

isso é tão injusto que chega a machucar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

eu não gosto de atender gente saudável.
nem um pouco.

-ai, num tem nem uma diabetezinha??? tipo 2, que seja??

-mas não tem nem uma hepatitezinha???

-nem a pressão meio altinha???



boa bruna. vai perguntar se pra quem ta doente é "sóumahepatitezinha" mesmo.

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com isso o seu padrão de "normal" muda.
fui tirar o siso do meu irmão e estava estranhando... estava sangrando MUITO POUCO.
na verdade.... são os meus pacientes no hc que sangram demais.
beijos pra vocês. =***

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

underworld.



joice e natália, na interligação subterrânea entre ICHC e IOT

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

os foras da semana

-...agora eu vou segurar o seu dente com isso aqui.. parece um alicate. vc corta sua unha com alicate?
-tia, eu não tenho mais unha!

ambulatorio de epidermólise, hoje.